
O Comité Olímpico de Moçambique convidou na passada quinta-feira 21 de Maio, o Eng° Altenor Pereira e o antigo vice-ministro da Juventude e Desporto Carlos de Sousa (Cazé), para debaterem e partilharem experiências em torno do financiamento desportivo com as federações nacionais.
O encontro foi produtivo e serviu para aqueles dois gurus do desporto nacional partilharem as suas experiências com as federações nacionais bem como aconselhá-las.
Segundo De Sousa, existem janelas de financiamento desportivo no país, mas para tal, as federações devem juntar-se ao Comité Olímpico de Moçambique e conceberem projectos macros que incluam todas as federações para a posterior concorrer ao financiamento. Cazé disse ainda que, a intervenção do COM é relevante em todos os processos e chamou a atenção dos presente para explorarem a Lei do mecenato que está a ser pouco explorada.
Para o Eng° Altenor Pereira, o desporto moçambicano vive do orçamento do Estado e de “migalhas” dos parceiros, este mostrou-se ainda preocupado com potenciais parceiros que não conhecem o valor do desporto e consequentemente não apoiam e “sem financiamento não se pode alcançar resultados esperados”.
Os oradores foram unânimes ao afirmar que a Lei do mecenato carece de uma revisão, que o desporto nacional precisa de mais atenção do governo e consideraram que, o facto do governo criar a Secretaria do Estado do Desporto já é um passo significativo para dar mais atenção ao desporto nacional.
Feizal Sidat presidente da Federação Moçambicana de Futebol defendeu que, para além da Lei do mecenato, há necessidade de se rever a Lei tributaria porque quando as federações compram ou são doadas materiais, o Estado cobra-lhes 37% de imposto que incluem os 17% do IVA, facto que para ele não faz sentido.
A titulo de exemplo, Sidat partilhou que em 2005 a federação que lidera importou relva sintética, mas a Autoridade Tributaria cobrou-lhes valores a cima das capacidades da FMF.
Khalid Cassm, presidente da Federação Moçambicana de Voleibol secundou a abordagem de Sidat e disse que as federações saem a perder quando o Estado confisca o material e armazena.
O encontro promovido pelo COM, é o inicio da procura de caminho e estratégias para a busca de financiamento desportivo para as federações nacionais.